sexta-feira, 7 de junho de 2013

Aos sete anos, ganhei um presente maravilhoso: aprendi a ler.
De repente, me vi envolvida pelas palavras, pelas histórias que lia em gibis, revistas de fotonovelas, viajei o mundo todo nas enciclopédias que enfeitavam a estante da casa de minha avó, nos livros romance água com açúcar que uma prima lia e me dava para ler... Na escola, o primeiro autor com quem tive contato foi o Carlos Heitor Cony. Naveguei nas palavras do Cony.
Lia com voracidade tudo que me caía nas mãos. Não tinha critérios.  Esquecia do mundo exterior, mergulhada no universo dos livros. Esquecia da vida.
Aos doze anos, meu professor de Língua Portuguesa me apresentou à coleção Vaga-lume. Li  "O Escaravelho do Diabo", de Lúcia Machado de Almeida e me apaixonei por histórias de de investigação policial e suspense.
No Ensino Médio, minha professora de Literatura me apresentou os clássicos; falava deles com paixão e reverência. Com ela, conheci a  prosa poética de de Alencar em "Iracema"; o realismo machadiano em Dom Casmurro; a Bahia de Jorge Amado, me apaixonei pelo lirismo do nosso "Poetinha" Vinícius de Moraes e de Drummond; as veredas do Guimarães; como senti sede lendo Vidas Secas e, por aí vai. Me apaixonei definitivamente.
Minha paixão pelas palavras e pelos livros me levou ao curso de Letras. Por isso, estou aqui.

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